Por Cristiane Kämpf 10/09/2011 | |
Um adolescente de classe média, hoje na faixa dos 15 anos de idade, nasceu num período em que o Google e a internet já faziam parte da vida cotidiana de muitas pessoas do seu universo de convívio, tanto no aspecto social como educacional. Muito provavelmente, a Wikipedia é a única enciclopédia que ele conhece e usa para fazer as pesquisas da escola e, com mais certeza ainda, esse adolescente maneja com destreza qualquer tocador de mp3, celular, smartphone, tablet ou leitor de e-book e já tentou ensinar seus professores, pais ou avós a usar o controle remoto da TV de LED ou mesmo a criar um perfil no Facebook. Estamos falando do que sociólogos e publicitários classificam como nativos digitais, ou geração Z: pessoas nascidas a partir da segunda metade da década de 1990. Esses indivíduos, segundo alguns especialistas, seriam totalmente familiarizados com as últimas tecnologias digitais e não encontrariam dificuldade alguma em aprender a lidar com as novidades que aparecem praticamente todos os dias nesse mercado, diferentemente dos membros das gerações que os antecedem. O “Z” vem de “zapear”, ou seja, trocar os canais da TV de maneira rápida e constante com um controle remoto, em busca de algo que seja interessante de ver ou ouvir ou, ainda, por hábito. “Zap”, do inglês, significa “fazer algo muito rapidamente” e também “energia” ou ”entusiasmo”. É comum ouvir que os jovens de hoje dão a impressão de terem nascido com um chip inserido no cérebro, já que parecem assimilar e fazer uso das novas tecnologias digitais de modo intuitivo, com muito mais aptidão do que os adultos. Surge, então, a seguinte questão: seriam os nativos digitais, portanto, mais inteligentes, ágeis, independentes e autodidatas que seus professores, pais ou qualquer outro membro das gerações anteriores? Para Marc Prensky, especialista em tecnologia e educação pela Universidade de Yale e autor de vários livros sobre o assunto, entre eles Ensinando nativos digitais (2010), as crianças de hoje já nascem num mundo caracterizado pelas tecnologias e mídias digitais e teriam, portanto, seu perfil cognitivo (de aprendizado) alterado – essas “novas crianças”, segundo o especialista, teriam estruturas cerebrais diferentes e seriam mais rápidas, capazes de realizar muitas tarefas ao mesmo tempo e mais autorais do que as das gerações anteriores. Para ele, há um claro “gap geracional” entre pais ou professores e alunos, no que se refere ao modo como utilizam as novas tecnologias digitais e o que elas causam em seus cérebros. As ideias de Prensky, no entanto, não desfrutam de unânimidade. |
Este espaço será utilizado para divulgação de pesquisas, estudos e vivências relativas à Educação Infantil, Ensino Superior e Educação a Distância.
domingo, 25 de setembro de 2011
A geração Z e o papel das tecnologias digitais na construção do pensamento
Jogar videogame ajuda a construir conhecimento?
Tanto Rezende quanto Valente concordam que os games são importantes como meio para criar situações onde o jogador tenha que tomar decisões e desenvolver certas competências, como a de seleção de alternativas, colocando em prática o conhecimento e as estratégias de que dispõe. Mas, como diz Valente, isso, por si só, não é suficiente para construir conhecimento.
A consultora em educação a distância, por sua vez, lembra que os tais bônus dos games, que alimentam o interesse, pertencem a uma lógica de aprendizagem comportamentalista, e a reflexão – parte fundamental do desenvolvimento da autonomia do pensamento – pode ser relegada a um segundo plano. “Não sou contra os games, desde que a narrativa agregue valor ao processo de desenvolvimento da criança – cognitivo e ético”, diz Rezende.
Valente acrescenta que o jogador pode refletir sobre algo que fez e causou um bom ou mal resultado e isso talvez possa levar a algum aprendizado. “Porém, o game seria mais eficiente se, após o término do jogo, alguém mais experiente, um especialista, pudesse retomar as jogadas – certas ou erradas – e provocar a reflexão e, com isso, criar mecanismos para a construção de conhecimento”, opina.
Fantin afirma que pela via do entretenimento, certos jogos permitem a resolução de desafios no plano simbólico e que isso pode estimular novos meios de expressão e interação das crianças entre si e com a cultura mais ampla, mas lembra que, para potencializar tais aspectos, “mais uma vez, o papel da mediação educativa parece ser fundamental”, conclui.
Educação a distância avança, mas é preciso cuidado na escolha
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O mais recente Censo da Educação Superior realizado pelo Ministério da Educação (MEC) mostra que, nos últimos dez anos, o número de matriculados em cursos de graduação a distância aumentou em mais de 15.000%. No ano 2000, havia 5.287 inscritos em todo o Brasil. Em 2009, esse número pulou para 838.125, uma trajetória histórica dos números de matrículas no EAD.
Apesar da educação a distância (EAD) em cursos de graduação ser um processo relativamente novo no Brasil, o ensinamento à distância é considerado uma modalidade antiga de educação. Para a professora de Educação, Comunicação e Tecnologia do campus Sorocaba da Universidade de São Carlos (Ufscar), Teresa Melo, que estudou o ensino semipresencial para a tese de doutorado em Ciências da Comunicação, as cartas bíblicas do apóstolo São Paulo foram os primeiros registros de educação a distância. “O objetivo das cartas era passar uma mensagem, um ensinamento. Aquilo já era educação a distância”, defende.
Com o passar dos anos, os mais variados meios para passar as mensagens foram utilizados, desde correios, rádio e televisão. Quando surge a internet e os meios digitais, as oportunidades de cursos à distâncias explodem. “O Instituto Universal Brasileiro sobreviveu tanto tempo e durante décadas formou tantos técnicos sem internet. Hoje ele se adaptou e também usa plataformas digitais.”
Teresa acredita que, com a internet, a educação a distância muda de status. “Antes, quem fazia não era valorizado. Hoje, as pessoas acham bacana fazer um curso a distância. Mas, embora o ensino a distância seja antigo, os meios de transmiti-lo são novos e mudam o tempo todo. Cada vez que a tecnologia evolui, mudam as possibilidades.”
Tecnologias e desempenho escolar
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Uma Lição Digital !!
Do computador à lousa digital, pesquisas inéditas mostram quando e como a tecnologia realmente funciona na escola:
Poucos segundos depois de bater o sinal que anunciava o início da aula de ciências, os alunos do 6º ano começaram a entrar na classe da professora Leika Procopiak, cada um carregando seu próprio laptop, trazido de casa. Ao se acomodar nas mesas, nenhum deles tirou da mochila um caderno ou um livro. Abriram seus computadores, conectaram-se à internet (sem fio e de alta velocidade) e estavam prontos para aprender a lição do dia: fotossíntese. “Cada dupla decide quais das atividades fará hoje”, disse ela, no início da aula.
Sem usar a lousa e movimentando-se pela sala, Leika passou os 80 minutos seguintes orientando pesquisas em bancos internacionais de dados on-line sobre fontes de energia. Ajudou a fazer simulações gráficas de como variações da luz e da temperatura podem afetar o resultado da fotossíntese. Corrigiu exercícios propostos a partir de vídeos a que os alunos assistiram em sites especializados na web. Depois, cada dupla de alunos produziu um relatório, compartilhado com os colegas e com a professora pelo serviço de arquivos on-line Google Docs. O sinal marcando o fim da aula bateu e nenhum caderno saíra das mochilas.
Essa aula aconteceu na Graded School, uma das melhores escolas de São Paulo. É o tipo de atividade com que sonham pais deslumbrados com a parafernália tecnológica que atualmente é alardeada por colégios particulares. Escolas que muitas vezes cobram mensalidades mais altas por isso. Há mais de 25 anos tenta-se comprovar a eficácia do uso da tecnologia no ensino. Mas depois de tanto tempo, e de tanto marketing, ainda resta a pergunta: usar tecnologia para ensinar faz os alunos aprender mais?
A resposta é sim. Dois estudos inéditos demonstram como a tecnologia ajudou a melhorar as notas de alunos da rede pública. A Fundação Carlos Chagas (FCC) acaba de concluir uma avaliação dos alunos de todas as escolas públicas do município de José de Freitas, no interior do Piauí, que desde o início de 2009 estudam com o apoio de lousas interativas, laptops individuais e softwares educativos. De acordo com o estudo, esses alunos melhoraram sua média de matemática em 8,3 pontos, enquanto os que não usaram a tecnologia avançaram apenas 0,2 ponto. O segundo estudo, da Unesco, braço das Nações Unidas para a educação, avaliou o desempenho de alunos de escolas públicas de Hortolândia, em São Paulo, que usaram salas de aula com lousa digital e um computador por aluno. O avanço foi de duas a sete vezes em relação aos colegas em salas de aula comuns.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Formação de Professores não é prioridade
O ambiente acadêmico ainda considera a formação de professores para a educação básica uma tarefa “menor” o que dificulta a melhoria da qualificação desses profissionais para atuar em sala de aula. Este é o diagnóstico de especialistas, pesquisadores e organizações da sociedade civil reunidas no Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente. A formação de professores no Brasil foi tema de discussão em uma das mesas de debates, e há um consenso de que é necessária a revisão dos currículos dos cursos de pedagogia e de licenciaturas.
Um dos componentes que deve ser fortalecido, na opinião dos debatedores, é o prático. Para os especialistas, o estágio precisa ganhar maior importância e deve ocorrer desde o início da formação do professor. Uma das principais críticas é que a universidade não prepara o professor para lidar com a realidade da sala de aula, que inclui problemas de aprendizagem e um contexto social que influencia no processo.
“A formação inicial deve estar visceralmente ligada à sala de aula. Ela deve ocorrer em dois lugares: na universidade, onde eu penso, discuto e estudo e naquele lugar que é objetivo maior do professor, a sala de aula”, disse Gisela Wajskop, diretora-geral do Instituto Singularidades.
Um dos componentes que deve ser fortalecido, na opinião dos debatedores, é o prático. Para os especialistas, o estágio precisa ganhar maior importância e deve ocorrer desde o início da formação do professor. Uma das principais críticas é que a universidade não prepara o professor para lidar com a realidade da sala de aula, que inclui problemas de aprendizagem e um contexto social que influencia no processo.
“A formação inicial deve estar visceralmente ligada à sala de aula. Ela deve ocorrer em dois lugares: na universidade, onde eu penso, discuto e estudo e naquele lugar que é objetivo maior do professor, a sala de aula”, disse Gisela Wajskop, diretora-geral do Instituto Singularidades.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Educação a Distância
Achei muito interessante o blog Educação a Distância que trás assuntos bem atuais e pertinentes às novas tecnologias na educação.Fazendo uma relação entre o artigo "Cursos a distância ganham mais adeptos" publicado em 05 de agosto de 2011, e nosso primeiro bloco de aulas ,bem como também aaula inalgural ministrada pelo Prof. Dr. José Manuel Moran, manifestei a seguinte opinião:
“É uma alegria poder contar com as informações do Censo EaD (ABD,2010), que trás a seguinte informação:"Pelo menos 2.600.000 de brasileiros se valem da EaD "
Podemos afirmar que a EaD mostra-se uma importante oportunidade de acesso ao ensino, a formação e a busca de aperfeiçoamento profissional.
É um sinal da democratização da Educação!”
Cursos a distância ganham + adeptos
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Falta de tempo, necessidade de um diploma de curso superior e mensalidades com valores baixos. Esses são os principais motivos pelos quais cada vez mais jovens buscam a educação à distância (EaD), modalidade de ensino que cresce em ritmo acelerado no Brasil. De acordo com o último censo do ensino superior do Ministério da Educação (MEC), o número de matrículas subiu de 40,7 mil matrículas, em 2002, para 838,1 mil em 2009, um aumento de 2.059%.
Ainda segundo o censo do MEC, o número de cursos à distância oferecidos no país cresceu quase 20 vezes entre 2002 e 2009, saltando de 46 graduações abertas para 844 no mesmo intervalo – um crescimento de 1.834% em sete anos. E esses números devem aumentar. A previsão do MEC é que o Brasil tenha até o final do ano cerca de um milhão de estudantes universitários matriculados em cursos à distância. Segundo o órgão, atualmente o país contabiliza aproximadamente 870 mil estudantes nesta modalidade de ensino. O número total de alunos matriculados será divulgado no Censo da Educação Superior, previsto para ser apresentado ainda este ano.
Segundo Osiris Mannes Bastos, diretor acadêmico das Faculdades Fael, da Lapa, o crescimento da procura pelo ensino à distância aumentou devido à correria que o dia a dia impõe às pessoas. “Hoje em dia é difícil arrumar tempo para se dedicar aos estudos. Todos têm compromissos profissionais e familiares, enfrentam trânsito e isso contribui para o crescimento do ensino à distância. E essa procura deve aumentar nos próximos anos”, afirma Bastos.
Para Benhur Etelberto Gaio, diretor acadêmico das instituições de ensino superior do Grupo Uninter, de Curitiba, o modalidade de ensino é inclusiva e por isso cresce a cada dia que passa no Brasil. “Muitas pessoas estão distantes da sua formação profissional, seja em que nível for, por diversas dificuldades de acesso a uma instituição de ensino: longos deslocamentos, horário de trabalho, valor das mensalidades, entre outros”, diz Gaio.
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1934586795936264000
Ainda segundo o censo do MEC, o número de cursos à distância oferecidos no país cresceu quase 20 vezes entre 2002 e 2009, saltando de 46 graduações abertas para 844 no mesmo intervalo – um crescimento de 1.834% em sete anos. E esses números devem aumentar. A previsão do MEC é que o Brasil tenha até o final do ano cerca de um milhão de estudantes universitários matriculados em cursos à distância. Segundo o órgão, atualmente o país contabiliza aproximadamente 870 mil estudantes nesta modalidade de ensino. O número total de alunos matriculados será divulgado no Censo da Educação Superior, previsto para ser apresentado ainda este ano.
Segundo Osiris Mannes Bastos, diretor acadêmico das Faculdades Fael, da Lapa, o crescimento da procura pelo ensino à distância aumentou devido à correria que o dia a dia impõe às pessoas. “Hoje em dia é difícil arrumar tempo para se dedicar aos estudos. Todos têm compromissos profissionais e familiares, enfrentam trânsito e isso contribui para o crescimento do ensino à distância. E essa procura deve aumentar nos próximos anos”, afirma Bastos.
Para Benhur Etelberto Gaio, diretor acadêmico das instituições de ensino superior do Grupo Uninter, de Curitiba, o modalidade de ensino é inclusiva e por isso cresce a cada dia que passa no Brasil. “Muitas pessoas estão distantes da sua formação profissional, seja em que nível for, por diversas dificuldades de acesso a uma instituição de ensino: longos deslocamentos, horário de trabalho, valor das mensalidades, entre outros”, diz Gaio.
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Prof.Bredda
Professor Cristiano Bredda aprova a educação a distância e diz que isso faz parte do futuro que começa hoje.
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